TAMMUZ: O DEUS MESOPOTÂMICO

Tammuz e a Colheita
Tammuz é frequentemente associado à fertilidade da terra, à colheita e à renovação cíclica da natureza. Seu mito descreve a morte e o renascimento como parte de um ciclo anual que representa a morte da terra no inverno e o renascimento durante a primavera, quando a terra se torna fértil novamente. A "morte" de Tammuz é marcada por sua descida ao submundo, e sua ressurreição no ciclo seguinte marca o retorno da fertilidade e da colheita.
O Ciclo de Tammuz
Reflete a transição entre os ciclos de morte e vida que são essenciais tanto para a natureza quanto para os seres humanos. Esse ciclo anual de morte e renascimento se conecta com o solstício de inverno, quando o Sol "morre" por três dias e depois renasce, assim como a terra "morre" no inverno e "renasce" na primavera.

Tammuz representa a fertilidade da terra, o crescimento das colheitas e, portanto, sua morte e ressurreição são diretamente ligados ao ciclo agrícola. A morte de Tammuz no outono e sua ressurreição na primavera refletem o declínio da terra no inverno e o florescimento da nova vida com a chegada da primavera.
A Morte e Ressurreição de Tammuz
A morte e a ressurreição de Tammuz têm paralelos claros com a história de Cristo e o ciclo solar, especialmente com a ideia do solstício de inverno, quando o Sol aparentemente morre, para então renascer. Essa morte simbólica do Sol, como a morte de Tammuz (e também de Cristo/Khrishna e muitos outros), estão associados ao fim de um ciclo e ao início de um novo ciclo de luz, fertilidade e crescimento.
Cristo, assim como Tammuz, morre e ressuscita, simbolizando renovação e vida. Sua morte e ressurreição ocorrem no contexto do ciclo cósmico de sofrimento e renovação. A morte de Tammuz, o renascimento do Sol, e a ressurreição de Cristo têm todos o mesmo simbolismo: o fim de uma era e o início de outra, marcada pela renovação e a esperança.
Tammuz e a Colheita no Ciclo Solar
Assim como Tammuz representa a fertilidade da terra e o ciclo de colheita, o Sol também segue um ciclo de morte e renascimento. Durante o solstício de inverno, o Sol atinge seu ponto mais baixo no céu e parece "morrer" por três dias, mas logo renasce, simbolizando a renovação e a fertilidade. Esse ciclo de **morte e renascimento** do Sol está diretamente ligado ao ciclo agrícola de colheitas. (assista o vídeo abaixo para entender melhor)
No mito de Tammuz, sua morte ocorre quando a terra está em inatividade, e sua ressurreição marca o início da colheita. Isso se conecta com o renascimento do Sol no Leste, representando a chegada de uma nova estação, uma nova colheita. Assim, tanto a fertilidade da terra quanto a luz do Sol são símbolos de renascimento.
Tammuz, a Cabra (Áries) e o Lamento nos Deuses
A seguinte frase suméria pode ser encontrada: "ELA-U-IA, ELAAU-IA, LI-MAS-BALAG-AN-TA", lembra muito à famosa frase supostamente dita por Cristo na cruz "Eli Eli Lamasabactani".
Tradução/Interpretação:
- "Ela subiu ao céu, ela foi ao céu, a cabra lamenta nos deuses."
- "ELA-U-IA": "Ela subiu ao céu", referindo-se a uma ascensão divina.
- "ELAAU-IA": A mesma ideia de ascensão, mas com ênfase ou repetição, intensificando a jornada para o céu.
- "LI-MAS-BALAG-AN-TA": "A cabra lamenta nos deuses", com *MAS* (Cabra/Áries) simbolizando uma divindade, como Tammuz, que lamenta a dor, sofrimento ou a necessidade de intervenção divina.
*Caso queira identificar as palavras em sumério: Dicionário Sumério
A "cabra" pode ser vista como uma representação de sacrifício, como Tammuz foi sacrificado para garantir a fertilidade e o renascimento da terra (A Colheita na Primavera). O "Lamento da Cabra/Áries" é um reflexo do lamento divino pela perda da fertilidade e a necessidade de renovação.
O ciclo de colheita, simbolizado por Tammuz, está intimamente ligado ao ciclo de renascimento e esperança. O renascimento da luz após a morte do Sol no Leste (Oriens) simboliza a nova colheita espiritual, trazendo fertilidade e renovação para o mundo.
*É por isso que Cristo é considerado o sol (Oriens); Aquele vem do leste no Antífone "Ó".
Conclusão
A morte e ressurreição de Tammuz, como o ciclo de colheita, refletem o ciclo cósmico de sofrimento e renovação. Assim como Tammuz representa a fertilidade da terra e a colheita, sua morte e ressurreição são análogas ao solstício de inverno, quando o Sol "morre" e depois renasce. Esse ciclo é simbolizado pela Cruz Celeste, o Leste, e a estrela de Belém que os Reis Magos seguem.